Abraçando a Santa Casa
Desde que iniciou a atual crise da Santa Casa, originada pela falta de repasse de recursos do governo Sartori e pela má gestão da direção do hospital , participei de várias reuniões com o prefeito Glauber, secretários municipais e com a direção do Sindisaúde, colocando em prática nossa experiência como ex-conselheiro de saúde e militante social do SUS. Construimos as condições para não permitir o fechamento da Santa Casa em meio ao agravamento da crise.Foram muitos os contatos com lideranças politicas estaduais e federais.Consultas, aconselhamentos, sempre com um único foco, o de fazer alguma coisa para o hospital continuar atendendo os santanenses .
O hospital em um regime de saúde semi-plena, funciona com recursos do governo do Estado e governo Federal, ou seja o município não tem esta responsabilidade, cabendo o cuidado com a atenção básica. Mas como deixar Livramento sem um hospital? Lembravamos de 2010 quando por seis meses a Santa ficou fechada.
A história não fala de covardes e quem assume a gestão de um município precisa cuidar da vida das pessoas e a saúde está em primeiro lugar. Claro que foi uma decisão politica, politica de atitude, de coragem do prefeito Glauber.Acredito que o nosso governo tomou a decisão acertada, não apenas ao intervir no hospital, requisitar bens e serviços, mas ao criar um conselho gestor, mudar a forma de gestão, o contestado e arcaico modelo de provedoria. O tempo dirá se acertamos ou erramos, mas não nos acusará do pior dos pecados que é o da omissão. Contudo ao receber cumprimentos, ouvir as pessoas, conversar com elas , apreciar o sorisso e até lagrimas nos rostos de muitos que participaram da manifestação abraçando a Santa Casa, tenho a absoluta certeza; fizemos o que tinha de ser feito para que a Santa Casa continue viva, atendendo nossa comunidade. Que Deus ilumine aos membros do conselho gestor e o novo diretor presidente Gerônimo Paludo, que acredito tem a experiência e o conhecimento suficientes para fazer uma excelente gestão hospitalar