Perfil de Rafael Cabeda

por snf — última modificação 13/09/2018 10h55
Página contendo o Perfil de Rafael Cabeda

Perfil do autor    Ficha Técnica                Textos contidos na obra 

  • Rafael Cabeda nasceu em Santana do Livramento (RS) no dia 16 de maio de 1857, filho de Ângelo Cabeda e de Maria Rafaela Pires Cabeda. 
  • Foi casado com Adália Severo Cabeda, com quem teve sete filhos.
  • Aos nove anos foi mandado para a cidade de Rio Grande (RS), onde estudou no Colégio União. Em 1869, com 12 anos, mudou-se para a Alemanha e estudou na Escola de Comércio de Hamburgo, diplomando-se como perito mercantil e correspondente comercial e passando a dominar cinco idiomas.
  • Voltou  para Santana em 1876 onde se tornou comerciante.
  • Entrou na política aos 21 anos, elegeu-se vereador pelo Partido Liberal aos 25 anos, alinhando-se ao grupo de Gaspar da Silveira Martins que fez frente ao grupo do General Manoel Luis Osório na cisão de 1876 do partido no Estado.
  • Participou no movimento abolicionista. 
  • Participou da  comissão fiscalizadora da construção da Santa Casa de Livramento.
  • Emigrou para o Uruguai onde editou “O Maragato”.  .
  • Em 1875 foi para Liverpool, Inglaterra, onde trabalhou no Escritório Comercial da firma Proudfort Hall e Companhia. Regressou ao Brasil em 1886 e tornou-se sócio de uma casa comercial com Davi da Silva, seu cunhado.
  • Ainda durante o Império, participou do Clube Rio Branco, quando atuou na campanha abolicionista.
  • Depois da proclamação da República (15/11/1889), e da tomada do poder no Rio Grande do Sul pelos partidários de Júlio de Castilhos, chefe do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), mudou-se para Rivera, no Uruguai, iniciando a luta política que o manteve distante de Santana do Livramento, sua cidade natal.
  • Em 1890 foi convidado por Paulino Tavares para colaborar no jornal O Canabarro, e fez forte oposição ao PRR.
  • A partir de fevereiro de 1893 participou da Revolução Federalista, guerra civil que opôs os federalistas (maragatos) ao governo gaúcho, agora chefiado diretamente por Júlio de Castilhos (1893- 1898), e também ao governo federal de Floriano Peixoto (1891-1894). O conflito, que conflagrou Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, envolveu amplas forças militares locais e remanescentes da Revolta da Armada, aliados dos federalistas, e encerrou-se com a vitória dos republicanos em agosto de 1895.
  • Durante a guerra, Rafael Cabeda teve atuação expressiva no exército revolucionário e combateu em diversas frentes, como a Divisão Santanense. Manteve também vínculos políticos diretos com o chefe civil federalista Gaspar da Silveira Martins, exilado no Uruguai.
  • Findo o conflito, participou da comissão organizada com o intuito de aprovar o projeto de programa e regimento do Partido Federalista, que fora fundado em Bajé (RS) em 31 de março de 1892. Essa comissão, formada também por Pedro Moacir, Alcides Lima e Barros Cassal, aprovou as novas propostas em 1901, e nesse mesmo ano Rafael Cabeda foi eleito para integrar o diretório central do partido.
  • Dirigiu também, ao lado de Rodolfo Costa, o jornal O Maragato, folha republicano-parlamentarista que teve voz importante como oposição ao castilhismo rio-grandense e ao blanquismo uruguaio.
  • Em março de 1908, com o objetivo de reunir todos os grupos descontentes com o controle do PRR sobre a política estadual, alguns membros da comissão diretora do Partido Federalista, entre os quais Rafael Cabeda e Pedro Moacir, encontraram-se com Assis Brasil na cidade de Bajé. 
  • Em 1910, Rafael Cabeda participou ativamente da campanha presidencial de Rui Barbosa, candidato derrotado pelo marechal Hermes da Fonseca.
  • Em 1915 foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, pelo terceiro distrito eleitoral, na legenda do Partido Federalista. Assumiu seu mandato em maio do mesmo ano e ao final da legislatura, em 1917, não foi reeleito.
  • Voltou à Câmara dos Deputados quando novamente elegeu-se deputado federal para a legislatura 1921-1923.
  • Faleceu no Rio de Janeiro em 12 de novembro de 1922.