Perfil de João Francisco

por snf — última modificação 12/09/2018 10h58
Página contendo o Perfil de João Francisco

O apelido Hiena do Cati, que lhe foi dado por Rui Barbosa, nasceu em 12 de abril de 1866, em Santana do Livramento. Não frequentou a escola, mas se alfabetizou na estância de seu pai. Aos 18 anos, em 1884, esteve entre os fundadores do Partido Republicano santanense. 

Comandante da 1ª Companhia do 136º Corpo da Cavalaria da Guarda Nacional, criado às vésperas da revolução de novembro de 1891, que derrubou Julio de Castilhos do poder, João Francisco homiziou-se no Uruguai durante o chamado Governicho.

João Francisco sempre esteve na linha de frente dos combates que se travaram a partir de fins de janeiro de 1893, quando eclodiu a Revolução Federalista.

Durante a Revolução Federalista de 1893 a 1895, participou dos desfechos do Campo Osório, onde foi ceifada a vida do Almirante Saldanha da Gama, em junho de 1895. 

 Envolveu-se nas revoluções uruguaiasl. Tornou-se amigo de Aparício Saraiva, o grande general caudilho uruguaio. Aparício faleceu na estância da mãe de João Francisco, no Uruguai. 

Escritor teve como uma de suas principais publicações o livro "Psicologia dos acontecimentos políticos sul-rio-grandenses, publicado em 1923."

Dedicou-se a pecuária .

Fundou e presidiu o Sindicato Agrícola  da Fronteira.

Dedicou-se a industria da carne em São Borja com o Saladeiro Alto Uruguai.

Por razões políticas transferiu  residência para o Estado de São paulo, estabeleceu a indústria Caçapava Packing House.

Dedicou-se a criação de gado leiteiro, suínos e aves em uma fazenda na cidade de Itaquera em São Paulo.

Em 1916, João Francisco candidatou-se à Intendência de Livramento, fazendo oposição ao candidato de Borges de Medeiros, mas foi derrotado. 

Em 1924, tomou participação ativa no levante tenentista, ao lado de Isidoro Dias Lopes, que mais tarde se conectaria à Coluna Prestes. Acompanhou a coluna paulista até o Paraná, mas exilou-se na Argentina.Passou pelo Rio Grande, onde contribuiu na mobilização do levante de Honório Lemes e Prestes.

Em maio de 1925, de Buenos Aires, rompeu com Isidoro, retornando ao Brasil apenas com a Revolução de outubro de 1930, tomando armas ao lado de Getúlio Vargas.

Em 1932, esteve do lado legalista. Logo em seguida, já empobrecido, ganhou do interventor Flores da Cunha, seu antigo desafeto, uma aposentadoria de coronel da Brigada Militar.

Morreu em 4 de maio de 1953, em São Paulo, com 87 anos de idade.